Luciano Ribeiro publicou em sua página no Facebook, informações esclarecedores e bem oportunas sobre as bactérias encontradas nas águas da barragem da UHE BARRA DO BRAÚNA.
Por acharmos de grande importância , solicitamos dele permissão pra divulgar e aqui transcrevemos na íntegra o texto completo publicado da conversa que ele teve com Gustavo Sbrissia – Gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade na Brookfield Energia Renovável(dia 8.novembro.2016)
O texto é o seguinte:
“…durante alguns dias acompanhei notícias sobre presença de bactérias na nossa barragem e procurei vários órgãos competentes até que hoje depois de muito pressionar por informações, recebi a ligação de um gerente da Brookfield do Rio de Janeiro, Gustavo Sbrissia* que inclusive foi um dos representantes da Brookfield na reunião do dia 07/11/16 em Recreio e tivemos uma longa conversa e vou passar alguns tópicos para vocês .
Segundo ele é tudo muito novo inclusive para eles da empresa então procuraram especialistas no assunto , foram à Universidade do Rio de Janeiro para saber quais são as principais causas e são 3:
* falta de chuva
*poluição do rio
*Retirada das macrófitas pois elas filtram a água
E,dentre as soluções disponíveis estão:
* a curto prazo REZAR PARA CHOVER mais ou menos umas duas semanas para limpar a água.
*A médio prazo, a empresa estuda junto à professora dessa universidade do Rio de Janeiro a porcentagem que precisa ser ocupado por macrófitas para manter a água Boa.
*E,a longo prazo a questão de controle do esgoto lançado no rio, o que já não é de competência da empresa e sim das Prefeituras.
Segundo Gustavo na questão de saúde pública as perguntas mais frequentes como se animais podem beber a água,se o peixe pode ser consumido a empresa ainda não tem essas respostas.
Também segundo ele,representantes da empresa estiveram na Regional de Saúde de Leopoldina e conversaram com Ângela e Vanessa coordenadoras de epidemiologia na semana passada e foi orientado por elas que a empresa procure as secretarias de saúde do município e passem a situação para futuramente ser feito um comunicado único pois a empresa não tem competência para comunicar sobre a qualidade da água, precisam de um respaldo das secretarias e universidades.
Segundo Gustavo,após realizadas reuniões a portas fechadas em cada cidade como foi realizada aqui,na semana que vem será feita uma reunião conjunta com representantes das cidades de Recreio, Palma,Leopoldina,LaranjAl e Cataguases para após essa reunião ser feito o comunicado único e oficial do estado. As reuniões estão sendo fechadas para buscar um alinhamento entre as prefeituras.
Ainda segundo ele,por tudo que foi estudado pela empresa não há problemas no consumo, porque os níveis estão baixos e teria que ter um efeito cumulativo grande e que se estivesse tão alto estaria ocorrendo mortandade de peixes, mas voltou a dizer que não tem competência para afirmar isso sem respaldo das secretarias de saúde porque a finalidade da Barra do Braúna é gerar energia e ele esta monitorando só para saber se tem ou não a alga.
Segundo Gustavo eles têm total apoio da presidência para realização dessas reuniões e só demoraram a dar respostas porque antes ainda não tinham o que dizer , como disse no início é tudo muito novo e estavam em busca de informações.
Ainda essa semana terão reunião com as prefeituras,regional de saúde e secretarias de saúde contando com a presença de integrantes da empresa de Belo Horizonte para soltar um comunicado único.
Gustavo também ressaltou que por lei faziam um monitoramento trimestral e passou a ser semanal desde Setembro e que os níveis estão abaixo do autorizado pelo Ministério da Saúde mas cada um tem sua responsabilidade,a responsabilidade da empresa é comunicar os órgãos oficiais e eles fazem o comunicado à população até para que essa informação tenha credibilidade.”
Em sua página no Facebook Luciano Ribeiro termina com essas palavras:
“Agradeço aqui ao Gustavo Sbrissia pela atenção e informações prestadas e deixo aqui minha opinião pessoal,prefiro esperar que estudos sejam aprofundados e respostas dos órgãos de saúde pública para voltar a pesca e lazer e,quem quiser maiores informações e ouvir a gravação da conversa pode me procurar que estarei a disposição para o que puder esclarecer. Minha intenção é somar, é poder ajudar a população a ter a segurança de ter seu lazer e aos profissionais da pesca em ter seu ganha pão, mas com segurança e qualidade para eles e para quem vai consumir o pescado.”
* Gustavo Sbrissia é Gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade na Brookfield Energia Renovável